sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Viver no intercâmbio

Opa,
como o Daniel, também sou do curso de licenciatura em ciências biológicas e também estou na Universidad de Alicante. Estar em outro país com outros costumes, outra lingua, outra maneira de pensar é bem dificil. Ainda sofro um pouco para entender a mentalidade dos europeus. Ao contrário do que pensava, o espanhol não é igual ao português com um pronuncia diferente: é uma língua completamente diferente, onde a maioria das palavras que aprendi sao totalmente diferentes do português. Acreditem, fazer trabalhos quando não se domina uma língua é um desafio....
A cobrança na universidade é distinta, o conteúdo inteiro do semestre é cobrado numa prova única e o aluno deve ser mais autodidata. Desde os primeiros dias de aula, as bibliotecas já estavam cheias, o que nos causou grande estranheza. De maneira geral, nos adaptar a rotina universitária européia é um processo ainda em andamento.

Foto tirada quando chegamos, final do verão europeu

O frio em Alicante não é como nos demais lugares da Europa, não há neve, mas é seco e frio. Tenho as mãos, pés e nariz ressecados e rachados, as vezes sangrando sem motivo. Tampouco há aquecimento na maioria dos apartamentos. Então, um carioca se costumar com temperaturas bem mais baixas que os 17º que pode chegar no inverno do Rio foi doloroso no início.
Saudade é uma realidade constante. Vemos o quanto nos faz falta a rotina, as pessoas, nossa língua, namorada que espera no Brasil, família (e a comida caseira que é um manjar divino já que aprender a cozinhar aqui parece impossível de se obter êxito). Vemos que nos faz falta as brincadeiras, os risos, o verde, o sol que aquece, a brisa do mar que não nos carrega como se fosse um furacão, comidas e doces que nao há aqui, café de qualidade (o pó espanhol é horrível e queimado). Ainda tento lidar com a tristeza disso tudo rs
Agora é época de exames e admito que não ver notas altas não me agrada, mas pensando no rendimento pessoal e como cresci, pode ser que este intercâmbio seja proveitoso ao final.
Viajei pela primeira vez no natal e ano novo para Itália. Visitei minha avó que vi pouco em minha vida, conheci Milão, Verona (a cidade de romeu e julieta), Veneza, Florença e Pisa, geralmente ficando um dia em cada uma.  Ver as obras que reconheci dos livros escolares a pouco centímetros de mim foi uma sensação indrescritível. Contudo, perceber a rotina dos imigrantes, o preconceito, a marginalização e a criminalidade, causa uma dicotomia entre condenar a mentalidade européia ou dar razão a ela.
Espero que esse segundo semestre seja diferente do primeiro e que não erre tanto na minha sobrevivência diária como nesse que passou.
Abraços libertários,
Erick

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